Por Janda Nayara Costa
Não estranhe se ao esperar um ônibus no terminal ou sentar no banco de uma praça e encontrar um livro “dando sopa” em algum lugar. Os livros espalhados fazem parte de projeto que tem como objetivo disponibilizar obras literárias em espaços públicos, disseminar e estimular o prazer pela leitura.
O projeto “Leia-me e passe pra frente” surgiu em Goiânia há pouco mais de um mês e foi inspirado em iniciativas existentes em outros estados e que teve início nos Estados Unidos. O idealizador do projeto, o empresário do setor de seguros Magno Pereira, diz que a ideia surgiu após ler uma matéria na internet. "Desde criança adoro ler e acredito que a leitura pode ser uma das ferramentas de transformação no pensar das pessoas. Vendo uma matéria na internet sobre o mesmo trabalho em outras cidades e possuindo dezenas de livros sem uso em casa, resolvi ter a iniciativa de fazer o mesmo, colocando os livros em locais públicos, onde as pessoas possam pegar para ler e depois deixá-los novamente para outras pessoas terem a mesma oportunidade”, conta.
Os livros distribuídos vem, inicialmente, do próprio idealizador e da doação de amigos que abraçaram a causa. Já foram deixados em diversos terminais de ônibus, parques e praças da capital. “O brasileiro não tem o hábito de ler por diversos motivos: um deles é a falta de tempo ou iniciativa de ir a uma biblioteca; por isso se os leitores não vão até os livros, através deste projeto, os livros vão até os leitores, e eles estão em todos os lugares. Praças e parques públicos, terminais e pontos de ônibus são locais de grande trânsito de pessoas de várias classes sociais e idades; por isso tenho escolhido eles para deixar os livros”, explica.
Todas as obras têm uma etiqueta explicando como funciona o projeto e uma cartinha do organizador. O texto diz que a pessoa pode pegar o livro, que ele foi esquecido ali propositalmente, e que após fazer a leitura ele possa devolvê-lo em qualquer lugar público para que outras pessoas também possam conhecê-lo.
“Lugar de livro é sendo lido pelo leitor, e não parado juntando poeira no armário. Normalmente quando alguém compra um livro, somente quem comprou irá lê-lo; com o projeto cada livro terá a possibilidade de ter incontáveis leitores”.
Livros de todos os estilos já estão rodando pela cidade. Romances, livros técnicos, auto-ajuda, o estilo pouco importa, desde que transmita ao destinatário o gosto pela leitura.
Magno criou um perfil nas redes sociais com a intenção de que os que foram atingidos pelo projeto possam contar sua experiência e quem sabe, se tornar um colaborador doando mais obras.
“Tenho outras metas para o projeto como criar pontos de leituras itinerantes em locais públicos abertos especialmente aos finais de semana e buscar parcerias com empresas, editoras, escritores, faculdades e organizações para divulgar o projeto criando pontos de coleta permanentes de doações de livros. Outra meta é criar um formato especialmente voltado para as crianças carentes de baixa renda, buscando estimular a leitura desde o início da formação do caráter delas, através da criação de um grupo voluntário de mediadores de leitura”, salienta Magno.
Obrigado pela divulgação do release de nosso projeto Patricia Finotti.
ResponderExcluirPrecisamos muito de apoio dos formadores de opiniões e da sociedade em geral para divulgarmos iniciativas que melhorem a qualidade de vida de nossa sociedade.
Abraços,
Magno Pereira
O livro deve ser andante... Compro muito e acabo emprestando, estes dias atrás nem lembrava mais de um determinado título que havia emprestado para um amigo, ficou sem graça ao me devolver e explicando o motivo fiquei feliz... o livro viajou.Esta iniciativa é ótima.
Excluir