Por Portal Brasil
A meta é vacinar 12,2 milhões de crianças de 6 meses a menores de 5 anos
A Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite começa neste sábado (8) com a meta de vacinar 12,2 milhões, o que corresponde a 95% da população alvo de 12,9 milhões de crianças no País. A campanha será encerrada no dia 21 de junho.
Para a campanha deste ano, estão sendo distribuídas 19,4 milhões de doses da vacina oral para os 115 mil postos de saúde. Pontos de vacinação itinerantes também estarão funcionando em todo o País. É importante que as mães levem a carteira de vacinação.
Ao lançar a 34ª Campanha Nacional de Vacinação, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou o poder de mobilização para a vacina chegar a todas as regiões. “Em muitos países, o vírus da paralisia infantil ainda circula, por isso é importante mantermos as nossas crianças protegidas do vírus. A ações do Programa Nacional de Imunizações (PNI), com a ampliação da oferta de vacinas, têm demonstrado a capacidade do Sistema Único de Saúde (SUS) de atingir os grupos alvos dos calendários de vacinação”, ressaltou.
O último caso de poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, foi registrado no Brasil em 1989. O País recebeu da Organização Mundial da Saúde (OMS) o certificado de erradicação da doença em 1994.
O secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, alerta sobre a necessidade de manter as crianças imunizadas e não “baixar a guarda” diante da doença. “Essa vacinação oral é extremamente importante para conseguirmos alcançar a eliminação global da poliomielite. Além do risco de pessoas virem de países onde tem transmissão, já foi observado, em países das Américas que começaram a acumular baixa cobertura vacinal, que isso termina favorecendo a circulação de vírus que produziram casos de pólio”, disse.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, alertou ainda, para que as mães aproveitem a ida ao posto de saúde para colocar o cartão de vacinação das crianças em dia. “É também uma chance de a família checar se o calendário de vacinas da criança até 5 anos de idade está em dia e, se não tiver, poder programar no posto de saúde qual o melhor dia para atualizar suas vacinas”, disse.
A advogada Ingrid Militão Carneiro Leonis é mãe de Maria Eduarda e Ana Luísa de 6 e 3 anos de idade e jamais perde uma campanha de vacinação. Para ela, elas são de extrema importância para imunizar as crianças de doenças que podem ser evitáveis. "No caso da Poliomielite, sei que o pior risco é a paralisia das pernas e que a doença pode levar à morte. Minha filha de 6 anos recebeu anualmente o reforço da vacina até os 5 anos de idade e a de três receberá da mesma forma". Ela lembra ainda da importância da atualização da caderneta. "O melhor da campanha é também ter a oportunidade de atualizar a caderneta de vacinação, pois os profissionais sempre nos instruem sobre quais as vacinas precisam ser tomadas", afirma.
Prevenção
A vacina é extremamente segura e não há contraindicações, sendo raríssimas as reações associadas à administração da mesma. Em alguns casos, como, por exemplo, em crianças com infecções agudas, com febre acima de 38ºC ou com hipersensibilidade a algum componente da vacina, recomenda-se que os pais consultem um médico para avaliar se a vacina deve ser aplicada.Vale lembrar que não existe tratamento para a poliomielite, mas somente a prevenção, por meio da vacinação. A vacina protege contra os três sorotipos do poliovírus 1, 2 e 3. A eficácia da imunização é em torno de 90% a 95%. Ela é recomendada mesmo para as crianças que estejam com tosse, gripe, coriza, rinite ou diarreia.
Poliomielite
Falta de higiene e de saneamento na moradia, além da concentração de muitas crianças em um mesmo local, favorecem a transmissão. O período de incubação (tempo que demora entre o contágio e o desenvolvimento da doença) é geralmente de 7 a 12 dias, podendo variar de 2 a 30 dias. A transmissão também pode ocorrer durante o período de incubação.A poliomielite é uma doença viral, causada por poliovírus e subdivide-se em três sorotipos (1, 2 e 3). É altamente contagiosa, e afeta principalmente crianças menores de 5 anos de idade. O vírus é transmitido através de alimentos e água contaminados e se multiplica no intestino, podendo invadir o sistema nervoso. Muitas pessoas infectadas não apresentam sintomas da doença (febre, fadiga, cefaleia, vômitos, rigidez no pescoço e dores nos membros), mas excretam o vírus em suas fezes, portanto, podem transmitir a infecção para outras pessoas.
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