Neste domingo, 8 de janeiro de 2012, se estivesse vivo, o Rei do Rock, Elvis Presley completaria 77 anos. Toda a sua obra e legado continuam muito vivo, principalmente para seus fãs, muitos que fazem qualquer coisa para ter um pouco do ar de Elvis, como eu, que no primeiro dia deste ano tive o privilégio de entrevistar um grande fã do rei, que teve muitos aspectos de sua vida impulsionados pela música do norte-americano.
Dentre tantos fatos, Elvis Presley foi motivo para o empresário Goiano Wagner Felipe, 57 anos, visitar seis vezes a cidade que o rei escolheu para viver, além de outros tantos locais por onde ele passou, como: Las Vegas onde fez vários filmes e shows, Nashville, Madson Square Garden (Nova York), Arizona onde foi filmado o Viva Las Vegas (1964) na represa Hover Dam. Elvis também fez com que Wagner Felipe conhecesse várias pessoas e tornasse amigo de muitos, como o líder da São Paulo Elvis Presley Society e da Brazil Elvis Presley Society, Marcelo Costa – falecido há dois anos – e também de Walteir Terciani presidente de um dos mais antigos fãs clube do cantor no Brasil, o Gang Elvis Fan Club of Brazil. Em Goiânia,Wagner conheceu Paulo Castilho - o Paulo da banca da Tamandaré, e um dos maiores fãs do rei por aqui - os dentistas Ana Paula e Carlos, que fizeram algumas viagens a Memphis com a família de Wagner. Sem esquecer que por conhecidência da vida, o melhor amigo do filho do empresário, chama-se Elvys, e que tem uma irmã chamada Priscila.
“Elvis me ajudou a realizar muitos sonhos, aproximar pessoas e a conhecer muitos amigos. Quando se gosta de algum assunto, os que estão perto acabam compartilhando o mesmo gosto, assim, aconteceu com a minha família, e muitas alegrias tivemos em nossas viagens a Memphis” declarou o empresário.
2 dedos de Prosa – Como surgiu o interesse por Elvis Presley?
Wagner Felipe - Ouvi a música e comecei a gostar. Eu não conheci Elvis no tempo do Rock. Elvis surgiu em minha vida na década de 1970, com as músicas Suspicious Mind (1969), Always on my mind (1972), foi onde começou o sabor da coisa.
Wagner Felipe - Portão de Graceland |
2 dedos de Prosa – Quantas vezes esteve em Memphis? Qual a importância de cada viagem?
Wagner Felipe - Estive seis vezes em Memphis (todas em agosto, na ocasião das comemorações da morte de Elvis: 1992, 1993, 1994, 1995, 1997, 1999). Cada viagem teve a sua importância. A primeira foi a de viajar para os Estados Unidos, e conhecer a cidade onde nasceu Elvis – Tupelo – e a cidade onde ele viveu – Memphis, e sua Mansão Graceland. Emoção não faltou... Tem a música, o povo que gosta de música. Por que ir a Memphis? O interesse de ver tudo o que é relacionado a Elvis, cada momento dele, o interesse em adquirir coisas relacionadas a ele, conhecer os músicos que tocavam com ele, a sua banda. E música, aproxima pessoas...
2 dedos de Prosa – Qual a importância de ter um mito em sua vida, sendo este o Rei do Rock?
Foto autografada pelo guitarrista da banda de Elvis Presley, James Burton |
Wagner Felipe - Hoje vejo isso por outro lado. Elvis para mim foi um mito, hoje percebo ele como ser humano, que soube aproveitar as oportunidades que sugiram. Ele é um artista de renome, mas, não o vejo mais como um mito completo. Vamos analisar o lado do artista, que é o mito do Rock, e deixou grandes obras.
2 dedos de Prosa – Elvis é constante em sua vida. Houve momentos que esta admiração foi deixada de lado? Por que isso aconteceu?
Wagner Felipe - Ele foi um ser humano que não olhou para si próprio, esqueceu-se de quem era como pessoa. A vida tem limite. Para os outros é brincadeira, mas a quantidade de coisas que ele fez, pesou bastante na sua vida pessoal.
2 dedos de Prosa – Qual é o tamanho do seu acervo? Qual é o item mais raro?
D.J. Fontana - baterista da banda de Elvis Presley - e Wagner Felipe |
Wagner Felipe - Meu acervo está mais ligado à música e filmes, que é o que eu sempre tive interesse. Muitas fotografias e pôsteres, vinis, VHS, agora Cds e Dvds. Tenho tudo o que foi lançado, e algumas coisas que não foram lançadas consegui com amigos. Mas, depois de compreender que ele além de artista era um homem, desfiz de blusões, baquetas autografadas pelo 1º baterista, D.J. Fontana.
2 dedos de Prosa– Qual é o seu álbum preferido? E a música mais marcante de Elvis? A melhor fase do Rei?
Wagner Felipe - Não tenho um álbum preferido. Músicas: I´ll remember You (1973), Always on my mind (1972), Green, Green Grass of Home (1975), entre outras. Para o artista a melhor fase foi a década de 1950, sua arrancada. Mas, eu gosto particularmente dos anos de 1970, que ele buscou o lado mais romântico, são músicas que fizeram sucesso com a bela voz de Elvis e a grande produção de sua equipe.
2 dedos de Prosa – O Sr. Integra a São Paulo Elvis Presley Society – que foi liderada por Marcelo Costa, e também a Gang Elvis Brasil – liderada por Walteir Terciani. O que era preciso para integrar esses fãs clubes?
Walteir Terciani, Wagner Felipe e Marcelo Costa |
Wagner Felipe - O primeiro ponto é admirar o artista, para fazer parte de um clube de assuntos, como Elvis. Eu tive o privilégio de ter Marcelo como amigo, bem como a minha família com ele, e também com Walteir. Marcelo me ofereceu muitas oportunidades, conhecer os Estados Unidos, ir a shows, e até mesmo me influenciou a ir a outros países.
2 dedos de Prosa – Como foi ser amigo de Marcelo – falecido ano passado, e de Walteir, as duas grandes referências do Rei do Rock no Brasil?
Wagner Felipe - É muito bom ter amigos como eles. Devo muito a eles. Tive oportunidades, chegar a Memphis e conhecer a cidade, participar de eventos, conhecer os componentes da banda de Elvis Presley. Infelizmente Marcelo não está mais aqui. Quando soube da notícia foi muito ruim. Ele foi uma pessoa que tive como grande amigo. Era bom falar com ele sobre Elvis, todas as viagens... Ehh... essa é a vida e ele se foi...
2 dedos de Prosa – O Sr. esteve no Elvis The Concert, organizado pela Elvis Presley Enterprises em comemoração aos 20 de anos de sua morte. Como foi estar lá?
Gang Elvis Brazil em frente a casa do Rei em Tupelo |
Wagner Felipe - Foi emocionante. Totalmente Elvis. Era como os shows dele. Muito emocionante, era como se ele realmente estivesse lá. Uma grande produção que aconteceu no Coliseu de Memphis.
2 dedos de Prosa – Como a sua família vê a sua admiração por Elvis Presley?
Marcelo Costa, Wagner Felipe com os filhos: Wagner F. Filho e Wanessa Felipe |
Wagner Felipe - Quando se tem um companheiro que gosta de algum assunto, surge o interesse entre outros membros. Claro que nem todos tem a admiração total, mas gostam de escutar Elvis. Meus filhos gostam de Elvis, principalmente o Wagner Felipe Filho, que por sinal, interpreta muito bem as músicas de Elvis. Os netos já estão começando a sentir bem com as músicas de Elvis, e o genro e a nora também gostam muito.
2 dedos de Prosa – Neste ano serão comemorados 35 anos de morte do Rei. Existem planos para mais uma viagem a Memphis?
Wagner Felipe com o filho
no portão de Graceland |
Wagner Felipe - Tenho planos, confesso, com muita vontade de voltar aonde tive muitas alegrias e momentos maravilhosos com minha família e os amigos Marcelo e Walteir. Mas, sem o Marcelo será sem graça. Ainda sim, gostaria de voltar, com minha família completa, agora netos, genro e nora. Gostaria de ter novamente aquele sentimento que foi muito prazeroso e poder encontrar com os amigos que sempre vão como Walteir.
*** GANG'ELVIS FAN CLUB OF BRAZIL - A Gang'Elvis é um dos mais antigos fã clubes do Brasil, está em atividade desde 1967. Walteir Terciani edita um boletim chamado "É Tempo de Elvis" que leva a seus membros as últimas novidades sobre Elvis. Realiza vários encontros de fãs em São Paulo sendo pioneiro na divulgação de Elvis nos meios de comunicação. Esteve presente em mais de 20 "Elvis Weeks" nos Estados Unidos, sendo conhecido no exterior, e um referência no Brasil
Wagner Felipe em frente a casa do rei em Graceland |
*** Elvis The Concert - É um espetáculo musical criado em 1997 como parte das homenagens de 20 anos da morte de Elvis Presley em Memphis. Esse espetáculo que aconteceu pela primeira vez em 16 de agosto, pode ser avaliado como uma superprodução, que reúne ao vivo, no palco, integrantes da banda de Elvis no período de 1969 até 1977, tudo isso com a imagem de Elvis projetada por modernos feixes de luz e lasers em um telão.
Wagner Felipe com J.D. Sumner - integrante da banda e amigo de Elvis Presley, uma das vozes mais graves do mundo |
O repertório do show compreende o período de 1968 até 1973, extraído dos especiais de televisão Aloha from Hawaii e Comeback Special e dos documentários That's The Way It Is e Elvis on Tour. Foram removidos todos os sons externos das cenas, com isso se isolou o vocal de Elvis. Esse efeito permite que Elvis cante, enquanto a banda o acompanha ao vivo. A imagem de Elvis é projetada pouco à frente da banda em um telão. O público não vê contornos do telão e aquelas pessoas que estiverem um pouco mais distante do palco, terão a nítida impressão de que Elvis realmente está no palco, cantando.
Com o guitarrista Jam |
Duas grandes pessoas: Elvis Presley e Wagner Felipe. Parabéns pela prosa.
ResponderExcluirFicou bem elaborado e tocante , espero participar da proxima !!!!!!!!!
ResponderExcluirShow!!! Fiquei emocionada...descrever o verdadeiro Elvis é para poucos.Faço parte deste time a poucos anos, mas hoje posso dizer que apesar do lado fanático,principalmente do meu esposo Elvys, a história do Rei do Rock lhe ensinou grandes valores para toda a vida.Parabéns Sr Wagner Felipe e Patrícia pelo belíssimo trabalho.
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