Eu li: "O Som da Revolução" de Rodrigo Merheb

sábado, 12 de janeiro de 2013

Por Paulo Fernandes para rockontro.com




FÚRIA E SEU SOM

que será que a década de 1960 tem de tão especial a ponto de aquele período ter entrado para o imaginário, e eu me incluo, dos amantes das artes como uma era de ouro inigualável na históriaprincipalmente no quesito musical?

Syd Barrett, o idealizador do Pink Floyd


Revolução de costumes, revolução nas artesrevolução no cinema, e o rock acabou se transformando também e se tornou a trilha sonora dessa efervescência cultural. É justamente sobre o papel do rock em meio a tantas transformações que o livro “O Som da Revolução –Uma História Cultural do Rock 1965-1969” do brasileiro Rodrigo Merheb discorre muito bem e nos ajuda a entender um pouco mais sobre esses anos tão fascinantes.

Capa de álbum de Frank Zappa e Mothers satirizando "Sgt. Pepper's" dos Beatles



ROCK AND ROLL

Como explicita seu subtítulo, o livro se concentra no período de 1965 a 1969 ou, como escrito em sua contracapa, “de Newport a Altamont”. O Festival de Newport em 1965 marca a eletrificação da música de Bob Dylan e sua guinada para o rock, e o Festival de Altamontde 1969, ficou marcado como epitáfio do sonho de mudança. 

Bob Dylan escandalizando no Festival de Newport - 1965


Os Rolling Stones escandalizados com a violência no Festival de Altamont - 1969


É durante esse curto período de cinco anos que o Rock and Roll, perde sua inocência e até parte de seu nome (and Roll). A nova música, com pretensões de arte e de transformar o mundo para melhor, capitaneada por Bob Dylan e Beatles, passa a ser conhecida apenas como “Rock”.

Os Beatles com suas condecorações do Império Britânico



CÉU E INFERNO

O livro, como explica seu autor, se concentra nos acontecimentos de Grã-Bretanha e Estados Unidos, citando outros pontos do globo quando estes tiveram relevância mundial.

O Grateful Dead no epicentro da Psicodelia de São Francisco: Ashbury-Haight


Dois ícones eternos dos anos 60: Jean-Luc Godard (de terno) e os Rolling Stones

Dividido em capítulos que tratam basicamente das correntes do rock e sua contextualização cultural, como a psicodelia californiana, a cena blues e a Swinging London, o movimento hippie, a cena nova-iorquina e várias outras. O livro entretanto não “doura a pílula” e não reforça a tese que tudo era perfeito e maravilhoso, mostra também a outra face da moeda: as decepções, o alto preço cobrado pelo abuso de drogas, a mercantilização da contracultura.

Passeata contra a Guerra do Vietnã. Na frente, de cartola, o poeta beat Allen Ginsberg


Recorrendo mais uma vez ao texto da contracapa: “Em síntese, expectativa e frustração. Vibrações e decadência”. 

Charles Manson queria ser músico,
mas passou à história como assassino brutal



O PASSADO EXPLICA O PRESENTE

Uma coisa é impossível negar: esse curto período da história do rock é de extrema importância para tudo o que veio depois, basicamente todas as tendências que escutamos hoje têm sua parcela de débito com o som desses anos revolucionários.

Festival de Woodstock - 1969

Encanto-me quando descubro uma pequena joia escondida (uma música, um artista, um grupo) no meio de tantas figuras estelares. E tenho certeza que essa fonte está longe de secar.

The Zombies



MÚSICAS (VÍDEOS)


Baseei-me na Discografia sugerida pelo autor, ao final do livro, para montar esse álbum de vídeos e dei ênfase a artistas e/ou músicas que ainda não haviam aparecido no site. Fui influenciado, como bem disse a Gabriela, pelo jogo Song Pop.


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