Concertos Ouro UFG apresenta: Trio Solter-Justi-Fagerlande Música Brasileira para Oboé, Fagote e Piano

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Por Nádia Timm

As comemorações do aniversário dos 80 anos de Goiânia prosseguem. Em parceria, a Secretaria Municipal de Cultura de Goiânia e a Universidade Federal de Goiás promovem a apresentação do Trio Solter-Justi-Fagerlande, em Música Brasileira para Oboé, Fagote e Piano. O concerto será domingo, dia 6 de outubro, às 11h, no Centro Cultural da UFG, Praça Universitária, com entrada franca. O evento integra a série Concertos Ouro UFG.

O Trio é formado por instrumentistas de destaque: Fany Solter, pianista brasileira radicada na Alemanha, professora e ex-reitora da Escola Superior de Música de Karlsruhe; Luis Carlos Justi, oboista e Aloysio Fagerlande, fagotista, ambos integrantes do Quinteto Villa-Lobos, além de professores da UniRio e Escola de Música da UFRJ. 

A pianista Fany Solter é natural de Ilhéus, Bahia e desenvolveu importante carreira solo e camerística, após vencer concursos internacionais, como o de Vercelli (Itália) e Munique (Alemanha). Desde 1976, é catedrática de piano na Escola Superior de Música de Karlsruhe, University of Music Karlsruhe, onde foi reitora, de 1984 a 2001. Como solista, gravou para o selo Bayer o 1° Concerto de Shostakovich e, como camerista, registrou em CD toda a obra de câmara de Frédéric Chopin, com o violoncelista alemão Martin Ostertag. Fany Solter recebeu várias condecorações, entre elas a Medalha Villa-Lobos e a Grande Cruz do Mérito, do governo alemão. A Universidade Fredericiana de Karlsruhe concedeu-lhe o título de Doutora Honoris Causa. 

O oboísta Luis Carlos Justi é natural de Piracicaba, São Paulo. Doutor em Música Brasileira pela UNIRIO, atua como professor de oboé e música de câmara e, desde 2011, e também no Programa de Pós- Graduação em Música. 

Ele participa há 28 anos do Quinteto Villa-Lobos, com o qual já gravou vários CDs de música brasileira, e tem atuado como solista à frente de orquestras do Brasil, América do Sul e Europa. Como coordenador do Projeto Unibral, da Capes com o DAAD (Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico), desde 2002, Justi coordena os Festivais Internacionais de Música, entre UNIRIO e UFRJ e a Escola Superior de Música de Karlsruhe, Alemanha. Recebeu da sua cidade natal a Medalha “Dr. Olenio Veiga” por méritos musicais.

O fagotista Aloysio Fagerlande é doutor em Música pela UNIRIO e obteve o “Prix de Virtuosité” no Conservatoire National de Région de Rueil-Malmaison, França, (1986-1987). Como camerista e integrante do Quinteto Villa-Lobos, apresentou-se nas principais salas de concerto do Brasil, América do Sul, Europa, África e Oriente Médio, além de ter registrado em CDs grande parte da produção camerística brasileira para fagote, com destaque para a obra de câmara para sopros de Heitor Villa-Lobos. Em seu trabalho solo, tem estado à frente de orquestras no Brasil, América do Sul e Europa. Em 2011, gravou o CD Música brasileira de concerto para fagote e orquestra de câmara,somente com compositores da Escola de Música da UFRJ.

O Trio Solter-Justi-Fagerlande vai apresentar um repertório que abrange obras brasileiras, compostas nos séculos XIX, XX e XXI, destacando a formação camerística  pouco conhecida do grande público formada por oboé, fagote e piano. Entre as composições, estão obras João Guilherme Ripper, Tim Rescala, Dawid Korenchendler, além de uma peça de Sigismond Neukomm, escrita no Rio de Janeiro, em 1817. No programa, um destaque é a Melodia partida em três, de Tim Rescala, dedicada ao Trio Solter-Justi-Fagerlande.


Serviço :
Concertos Ouro UFG
Trio Solter-Justi-Fagerlande
Música Brasileira para Oboé, Fagote e Piano
Dia 6 / 10,  domingo, às 11h
Centro Cultural da UFG
Parceria entre  UFG e Secult Goiânia
Entrada franca


PROGRAMA

Nocturne  (1817)– Sigismond Neukomm;

Melodia partida em três  (2013) – Tim Rescala

Serenata  (1990) – H. Dawid Korenchendler

From my window.1 (Cenários) (2010)– João G. Ripper
Biking by the Sea (Orla);
Sunset (Anoitecer);
Bossa-Nova;


NOTAS SOBRE AS OBRAS

Nocturne – Sigismond Neukomm;    
Originalmente escrita para piano, oboé e trompa, em 1817, no Rio de Janeiro,  no período em que o compositor austríaco era tutor musical do futuro Imperador D. Pedro I. Esta obra foi reinstrumentada, no mesmo ano, para piano, violino ou flauta e violoncelo ou fagote, pelo próprio autor. Dentro do espírito do compositor, apresentamos esta transcrição unindo suas duas “versões originais”. 


Melodia partida em três – Tim Rescala 
Dedicada ao Trio Solter-Justi-Fagerlande. 
“Os três instrumentos se dividem na tarefa de tocar uma mesma melodia, dividindo-a sempre em três partes, de diversas formas, de maneira regular ou irregular. Ora um se destaca dos demais, ficando com uma parte maior da melodia, ora os três atuam juntos para tocá-la. Muitas vezes, se dedicam apenas a um trecho dela. A  estrutura ternária da peça, refletida em seus três movimentos tocados sem interrupção, está presente também nos pequenos trechos que a integram.” (T.R.)

Serenata para oboé, fagote e piano -  H. Dawid Korenchendler

“A obra foi composta em 1990. Seus dois movimentos são tocados sem interrupção. Nela contrastam o aspecto lírico e o humor, este, principalmente, no segundo movimento.” (H.D.K.)

From my window n. 1  - João Guilherme Ripper 

“Ela inaugura a série de três obras, com instrumentações diversas, que retratam as paisagens do Rio de Janeiro. Os títulos dos três movimentos - Biking by the sea, Sunset e Bossa-nova - sugerem diferentes cenários que procurei traduzir musicalmente através da incorporação e transformação de elementos da música popular carioca. From my window n. 1 foi encomendada em 2010 pela editora americana Jeanné Publishing Co. originalmente para oboé, viola e piano.” (J.G.R.)

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