Por Secult/Goiânia
A Secretaria Municipal de Cultura, em comemoração aos 81 anos de Goiânia, apresenta nos dias 18 de outubro às 11 horas, no Grande Hotel e no dia 19 às 17 horas no Bosque dos Buritis, o grupo paulista de dança contemporânea, Coletivo Cartográfico. A pesquisa do espetáculo vem sendo maturada desde uma residência artística, demolida no bairro da Vila Madalena em São Paulo, e numa pesquisa de “deriva urbana”, investiga uma relação mais instável do corpo com a cidade. O grupo estudou tipos de demolição existentes, como explosão, implosão e tombamento, buscando analogias na dança com o intuito de vivenciar no corpo o processo da cidade que está o tempo todo se remodelando, demolindo e reconstruindo e obrigando seus habitantes a fazerem o mesmo, mudar de percurso, de estratégia, diariamente, para sobreviverem. Ao invés da cidade comumente representada com uma arquitetura rígida, imutável, dura, a busca foi pelo trânsito, uma cidade sempre à beira de um colapso.
O tema “colapso” surgiu em oposição à um mundo em que se evita mostrar o fracasso, se tem medo de envelhecer, de admitir esgotamentos, transformar sistemas políticos. Em um mundo em que se almeja a perfeição, existe um desejo de querer manter coisas que às vezes já estão em ruína. O interesse da pesquisa, então, é o de permitir que o outro veja esse corpo frágil, cansado, colapsando, ruindo. Deixar esse fracasso à mostra, no meio da rua, da praça, para quem quiser ver. Colapso é um espetáculo ensaiado e apresentado na rua, dialogando com esse lugar: os acontecimentos da praça influenciam na dança e a dança influencia os acontecimentos, obrigando o corpo das bailarinas a entrar em relação com esses atravessamentos.
Entrada franca.
Serviço
Apresentação Grupo de Dança Coletivo Cartográfico
Dia 18 de outubro às 11 horas no Grande Hotel (Avenida Goiás, esquina com a Rua 3, Centro. Goiânia)
Dia 19 de outubro às 17 horas no Bosque dos Buritis (Rua 1, número 605, Setor Oeste. Goiânia)
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