Por Secult/Goiânia
Exposição é um recorte da pintura dos anos 80, através do acervo da unidade
Cybele Varela, 1983 |
Amanhã, dia 23 de outubro, o Museu de Arte de Goiânia (MAG) realiza a abertura da exposição Anos 80: liberdade e figuração, às 20 horas, na Sala Reinaldo Barbalho. A mostra integra a programação oficial da Prefeitura de Goiânia em homenagem aos 81 anos da capital, apresentando um recorte da produção pictórica nacional dos anos 80, através das obras do acervo da unidade da Secretaria Municipal de Cultura (Secult Goiânia). A entrada é franca.
Ao longo de sua trajetória, o MAG reuniu trabalhos relevantes que permitiram construir um corpo significativo do cenário artístico dos anos 80, através de doações e dos prêmios aquisições do Salão Regional de Arte e Salão Nacional de Artes Plásticas, realizados na primeira metade da década de 80 na capital. Esses últimos merecem atenção, uma vez que propiciaram a aquisição de obras de nomes da produção emergente nacional que vinha, naquele momento, se consagrando no circuito de arte.
Longe de formarem um grupo homogêneo, os trabalhos reunidos em Anos 80: liberdade e figuração aludem a uma produção diversificada, refletindo esta fase de transição política e social no país, regada pelo espírito de liberdade e pelo prazer de pintar dos jovens artistas. O conjunto de trabalhos, reunidos na área central da Sala Reinaldo Barbalho, mostra que muitas dessas pinturas - em grandes formatos e inacabadas, gestuais, com cores fortes e pinceladas carregadas – não têm como referências a militância e nem as temáticas políticas, mas sim o intimismo, o cotidiano, a cultura de massa e o grafite.
Contudo, é possível presenciar ainda nos anos 80, os resquícios de uma arte crítica e compromissada que era tão veemente na produção dos anos 70. Ao invés de restringir a seleção de obras à produção pictórica jovem e emergente - representada pelos trabalhos de Edney Antunes, Enauro de Castro, Fernando Costa Filho, Luiz Mauro, Selma Parreira – a diretoria do MAG decidiu também por inserir nomes já atuantes na década de 70 - Humberto Espíndola, Marcos Soares, Paulo Fogaça, Siron Franco, Tancredo de Araújo – cujos trabalhos dialogam com o espírito crítico e engajado dos anos anteriores.
Ainda como forma de destacar a pluralidade da pintura nos anos 80, o MAG reuniu em outro grande núcleo, expressões artísticas não apenas pelas suas similitudes, mas também pelas contradições. Neste grupo, talvez o mais heterogêneo, é possível deparar com várias manifestações da pintura em diferentes dualidades, por exemplo, figuração e abstração, materialidade e objetualidade, rural e urbano. Neste núcleo participam Carlos Sena, Célio Braga, Cybele Varela, Francisco de Oliveira, Galeno, Gervane de Paula, Gomes de Souza, Paulo Humberto de Almeida, Marcelo Solá, Selma Parreira, Vanda Pinheiro e Vila.
No total são 54 trabalhos de autoria de 36 artistas nacionais e locais. A mostra poderá ser visitada até 26 de janeiro de 2015.
Serviço:
Exposição ANOS 80 - LIBERDADE E FIGURAÇÃO
Abertura: 23 de outubro de 2014
Horário: 20 horas
Visitação: 24 de outubro a 26 de janeiro de 2015
terça a sexta, das 9h às 17h / sábado, domingo e feriados, das 9h às 16h
Local: Sala Reinaldo Barbalho / Museu de Arte de Goiânia
Endereço: Rua 1, n. 605, Bosque dos Buritis, Setor Oeste, Goiânia, Goiás
Entrada franca
Informações: 3524-1189 / 1190
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