Todo Seu

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011


"Nesse tempo de baixaria televisiva, o seu programa tem sido o melhor da televisão brasileira..." foi com uma frase parecida com essa, que ouvi ao sintonizar o meu aparelho no Todo Seu. Programa que é apresentado pelo elegantíssimo Ronnie Von, de segunda a sexta, das 22:15 a meia-noite, na TV GAZETA. A frase, o qual concordo plenamente, foi de um telespectador durante os comentários do excelente crítico de televisão, José Armando Vannucci.
A simpatia com a frase do colega telespectador, deve por que reconheço o tanto que o programa do Príncipe - apelido dado a Ronnie Von, no inicio de sua carreira por Hebe Camargo, se não me engano - é bom e com produção de alto nível. A começar pelo apresentador que tem um bom gosto inigualável, esbanja charme e cultura.
A respeito das pautas apresentadas, todas são interessantes e sempre trazem uma informação importante para audiência. Os comentaristas convidados são profissionais gabaritados, e sabem bem o que falam. Christian Petermann e Esther Rocha são profissionais compententes. Já os grand chef de cuisine do ateliê gastronomico são demais. Sobre os cantores e grupos que vão ao programa, o bom gosto de Ronnie está presente sempre na escolha dos convidados, seja qualquer o estilo musical apresentado.
Enfim, o Todo Seu tem sido o meu programa favorito e bem apreciado nos meus finais de noite, desde quando o Rubens começou a sorver as suas primeiras taças de leitinho.

MOTHERN – Anseios, frustrações e prazeres

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Comecei a entender que seria mãe, há apenas duas semanas antes de receber o Rubens, quando minha amiga, Cris, nos presenteou com um conjunto de macacão e manta, personalizados com o nome dele. Até, então apesar de grávida, estava conduzindo a minha vida com a rotina costumeira. Sobre o nascimento do bebê, acreditava que tudo estava bem programado, e que começaria a voltar a usualidade de trabalho, em um mês e meio depois de sua chegada.

Rubão nasceu. Filho maravilhoso, tranqüilo, sem grandes sustos e arrebatações. Até voltei a dar aulas, no tempo que havia programado. Mas, todos sabem que fazer planos certeiros quando se tem um bebê em casa, e nenhuma ajuda de, no mínimo, uma pessoa para os afazeres domésticos, as chances de tudo sair como planejados são extremamente difíceis.

Foi aí que a labuta começou... Tive que diminuir o meu ritmo de trabalho, e consequentemente o rendimento financeiro. Tivemos que mudar para uma casa maior, e para um bairro sem muitas facilidades para uma mãe inexperiente, com o agravante da falta do conforto familiar.

Vi-me, e senti sozinha. A maior parte do tempo era o bebê e eu. Tinha que me desdobrar, entre as mamadas, a cozinha, a limpeza da casa, a lavagem das nossas roupas à máquina, as roupas do Rubens à mão, e, por conseguinte, passá-las. Fora, carregar água para a banheirinha que ficava no quarto dele, e também a retirada da água. Depois, veio a volta ao trabalho, ou seja, além de dona de casa, mãe, esposa, tinha que ser também jornalista...

Desta forma, tenho conduzido as nossas vidas. Hoje com um pouco mais de facilidades e adequações, além da grande sorte, de termos a Nice, que infelizmente só vem aos sábados, mas deixa a casa maravilhosamente limpa, organizada e cheirosa. Digo infelizmente, porque ter uma pessoa para nos ajudar com as tarefas domésticas diariamente, tem sido extremamente dificílimo. As tentativas foram inúmeras, e nenhuma bem sucedida. Chegamos a momentos de desistir desta empreitada, embora, continuemos esperançosos. Então, a Nice continua nos ajudando...

Mesmo com esses impasses, sinto-me plenamente com esses novos papéis que desejei e estou construindo. Contudo, o que levo em questão e me angustia muito, é o fato de não exercer plenamente a minha vida profissional e pessoal. Por esse motivo, nos últimos dois anos, tive minhas baixas. Mas, aos poucos, conhecendo a realidade de amigas, antes bem sucedidas profissionalmente, que também passam pela maternidade tardia, entendi que todas vivem as mesmas angustias, perdas e ganhos.

Durante diversas conversas, percebi que quando se fala em frustrações, o assunto é meio que um tabu, uma vez que nossa sociedade estabelece que ser mãe, é o fato mais sublime e intocável da vida. Lógico que é nobre e prazeroso ser genitora, embora não condiz com a vida agitada e moderna do século 21. Diante destes fatos, muitas mulheres não querem admitir as dificuldades e frustrações, pois, pode ser pecaminoso relatá-las. Ao contrário, acredito que compartilhar ajuda em muito a superar os desafios, e principalmente a fortalecer a nossa vontade de acertar nos papéis que atuamos.

Nessa conjuntura de ser mãe moderna, entendo que muita dessas frustrações advém da pressão que sofremos tanto da sociedade, quanto de nós mesmas, em sermos bem sucedidas em tudo o que fazemos, além de que devemos estar e ser lindas/sexy and hot. Acredito que essa seja uma das principais diferenças entre nós e as mães de nossa geração, que por outro lado não eram favorecidas por todas as facilidades disponíveis, que são inúmeras: informação – Web, TV a cabo, revistas especializadas; eletrodomésticos - panelas elétricas, máquinas de lavagens, produtos de limpezas eficientes, entre outros; cuidados com o bebê – fraldas descartáveis para Recém-nascidos com suporte para umbigo e também para natação, carrinhos e bebês confortos, cadeirões, bercinhos portáteis, e outras infinidades de coisinhas; locomoção – automóvel para mulheres, com apetrechos para não descuidar dos rebentos.

Diante de tudo isto, pedi para algumas amigas relatarem as suas experiências em como ser MOTHERN. Prazeres, dificuldades, conciliações. Enfim, algumas dispuseram de seu tempo precioso para responderem meus questionamentos e enviaram, via e-mail – óbvio, pois estamos falando de Motherns – seus depoimentos. Confira:

“O melhor é o sorriso da minha filha quando acorda e me vê. É um amor incondicional.”

Desde que a minha filha nasceu me dedico exclusivamente a ela e às atividades domésticas. Estou satisfeita com a dedicação à Sophia principalmente quando percebo seu desenvolvimento, mas me sinto frustrada como mulher. Percebi uma desvalorização com relação a ser apenas "dona-de-casa". Não tenho hora nem dia, meu "expediente" começa 5:30 h da manhã e termina meia noite, de segunda a segunda. O homem muitas vezes acha que a sua única responsabilidade é financeira, por isso, não vê a importância de dividir todos os cuidados com o bebê desde seu nascimento.

Sobre os impasses que um casal possa a ter com a nova rotina, digo agradecendo a Deus que até hoje não tivemos momentos difíceis, apenas adaptações que levaram mais tempo. No primeiro mês a Sophia trocou a noite pelo dia, então passei a dormir na sala com ela. Primeiro porque o meu marido precisava dormir para trabalhar no outro dia, segundo eu precisava da televisão ligada para me manter atenta aos chamados da minha filha. Felizmente no segundo mês a Sophia já se adaptara a rotina da casa. No entanto, hoje não faria mais o que fiz, dividiria a adaptação do bebê com o pai também. Acho que teria sido mais fácil para mim, e assim, mostraria ao pai suas responsabilidades e não teria me sentido tão solitária num momento tão bonito da minha vida.

Fabiana Craveiro Silva Ferraz Borges, 37 anos. MÃE de Sophia Ferraz Borges, 8 meses. Graduada em Administração de Empresas, Pósgraduada em Docência Universitária e Mestre em Turismo e Hotelaria. Atualmente é responsável técnica de uma empresa, mas trabalha em casa em tempo integral, além de cuidar da casa e ser esposa apaixonada. Goiás


“É saber que você é capaz de amar sem limites... É ter forças que até então eu acreditava que só super-heróinas tinham...”

Com 5 meses o Mú teve a 1ª crise alérgica... supostamente causada pela lactose. Estava no trabalho e meu pequeno aguardava minha chegada para vermos o jogo da copa na casa de minha sogra. Recebi um telefonema do meu marido dizendo que estavam indo para o hospital. Sai correndo do trabalho, a bolsa veio parar no meu ombro como mágica e quando vi estava correndo pelos corredores procurando pelo Mú... No fim, tudo ficou bem... mas, o trabalho e casa tiveram que esperar "nossa" recuperação. O papai nem lembrava que eu existia e vice-versa... Só pensamos em paparicar nosso pequeno.

Sobre as questões domésticas, temos uma diarista que deixa o apartamento "nos trinques". Ela é tão boa que durante a semana só organizamos as coisas para não acumular a bagunça. O Mu ainda não colabora na organização, por isso, depois que ele dorme vamos pegando os brinquedos que vão ficando pelo caminho. É inevitável que depois de uma jornada de trabalho e cuidados com o pequeno e a casa, eu e meu marido caíamos exaustos na cama. Ainda não recuperamos nossa rotina a dois.

Kalyta Mamede, 31 anos. MÃE de Murilo, 1 ano. Cursa o último ano da faculdade de Psicologia, à noite. Trabalha em tempo integral como representante comercial. Ainda, é esposa companheira. (Ah!!! E Blogueira de plantão.) São Paulo


“SER MÃE ... Não há nada melhor no mundo do que ser mãe, ouvir a palavra mãe e ver o sorriso apaixonado de seu filho quando você chega em casa.”


O mais difícil foi dividir. De repente tive que parar todo o trabalho extra lar e dividir o tempo que se tornou escasso entre marido, filho e casa. Outra questão foi na época do retorno ao trabalho, agora somente por meio período, e ainda ter disposição para cuidar de tudo e cuidar de mim mesma. Afinal, sempre gostei de malhar, aprontar, estudar e passear, mas agora não tenho mais tempo...

Falando sobre sair, sempre que quero, tenho que pedir a alguém a permissão, como se a criança fosse eu, e mais, preciso ainda pedir o “passaporte”, que significa alguém de confiança para ficar com o bebê. Sobre esta questão, o mais difícil é lutar contra a culpa constante de deixá-la, por amar tanto. Dizem que quando nasce um bebê, nasce uma mãe culpada. Hoje, há quase dois anos e ainda amamentando, creio que estou bem sucedida, consigo trabalhar um pouco mais, não malho, mas saio para ver minhas coisas com menos culpa.

Falando sobre conciliar filho/casa/trabalho/marido, é preciso ter a habilidade feminina que nos é peculiar: ceder, ceder, ceder... E olha, que tenho tido muita ajuda de meu marido e apoio da minha família. Mesmo com todo o jogo de cintura que precisamos ter, grito a quem precisar ouvir SER MÃE É A MELHOR COISA DO MUNDOOOOOOOOOOOO!!!!

Tia Ká, 35 anos. MÃE de uma linda menininha de 2. Odontóloga meio-período, mamãezona full-time, e esposa apaixonadíssima.(Ainda, artesã nas horas vagas, organizadora de festas, companheira de fraternidade) Goiás

Nossos filhos, um presente!

Dedicar o tempo todo à eles não é difícil, difícil sim é aceitar as transformações no nosso cotidiano, as cobranças e anseios diários. O mais importante é termos o apoio, confiança das pessoas que nos amam, andar de mãos dadas sem pedir nada em troca. E quem faz melhor que ninguém isso, são eles, nossos filhos. À eles sim a dedicação tem que ser total, conciliar estudos, profissão pode ser difícil, se não temos o apoio de nossos maridos e familiares. Assumimos todas as transformações, decidimos ser MÃES, não escravas, abandonadas, esquecidas... Valorizar-se é o mais importante. Olhar nos olhos de nossos filhos e termos a certeza que foi a escolha mais certa de nossas vidas é o bastante para entender que eles sim são os nossos verdadeiros casamentos. Falando em casamento, este fica balançado, é natural.As nossas expectativas em relação aos maridos é que sejam companheiros sempre, mas às vezes entendo, pois uma pessoa mais importante chegou e precisamos nos adaptar a cada dia. O que queremos é confiança, apoio, carinho de quem quer que esteja ao nosso lado neste momento. Dedicar aos filhos não nos frusta, nós que depositamos todas as espectativas em um momento que requer paciência, doação, dedicação, companherismo de ambas as partes. Hoje depois de ser mãe sabendo que não é possível acontecer tudo perfeitamente, ficamos às vezes sem chão. Hoje entendo minha mãe, dedicou o máximo e ainda continua se doando, mas jamais deixou de se valorizar e impor o seu lugar.É que devemos fazer. Seremos MÃES para sempre, aos nossos filhos e à nós é que devemos dar amor incondicional,trabalhar e ser feliz! Acredite! Casa, marido e outras obrigações se der para conciliar é lucro.Não estou dizendo isso por dizer, porque realmente é difícil. Percebo isso não só comigo, mas com várias motherns que conheço e convivo. Me responda: Você vai deixar de amparar seu filho, trabalhar por ele e deixar de fazer suas coisas particulares para ficar ouvindo blá, blá blá de marido, limpando casa, lavando roupa? Não, por favor nunca faça isso, experiência própria e de várias motherns. Nós não merecemos isso! Amigas, o que vier é lucro! Essa é a verdadeira realidade, nua e crua sem conceitos e tabus sociais.Cada uma de nós sabemos o que passamos para abdicar e sermos mães. Por isso acredito que temos uma força que nos guia e nos faz ser fortes sempre! Peço de coração muita luz para que saibamos guiar nossos filhos hoje e sempre!
Grande beijo à todas e à você minha comadre guerreira, que admiro muito!

Giselma M.B.Bohn, 31 anos. MÃE de Mariana de 2 anos. Zootecnista, especialista em Direito Ambiental, cantora elogiadíssima e mamãezona full-time. (AH!!!! Esposa companheiríssima.) Goiás.

... e eu, sou Patricia Finotti, 33 anos. MÃE do Rubão de 2. Fotógrafa, Professora de Língua Inglesa. Especialista em Planejamento Educacional. Jornalista meio-período, mãe tempo-integral, e esposa companheira/dedicada/apaixonada/tiete do marido.

Valorizando o nosso jeito Mothern

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Para valorizar o nosso jeito Mothern de ser, leia o texto de Juliana Bernardino, publicado no site: educarparacrescer.abril.com.br/comportamento/mae-trabalha-fora-469046.shtml.