The Byrds: O Império contra-ataca!

domingo, 12 de janeiro de 2014

Byrds_11“RESISTÊNCIA” À INVASÃO
O período de tempo, entre 1964 e 1966, no qual os Beatles e um exército de bandas britânicas mostraram aos estadunidenses, ironicamente, sua própria música (claro que retrabalhada), ficou conhecido na História do Rock como primeira “Invasão Britânica”.
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Como toda ação gera uma reação, logo surgiu um grande número de bandas nos Estados Unidos para fazer frente à “invasão” e contra-atacar, é a chamada “Reação Americana”.
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Guerra boa essa! Todos os lados, e principalmente o público, foram vencedores. Um dos grupos mais bem armados desse período, e um dos poucos que chegaram perto dos Beatles na parada de sucessos ianque, foi The Byrds.
RECRIANDO DYLAN
As armas que os Byrds tinham: 3 excelentes cantores que rendiam belas harmonizações vocais, um apurado senso melódico e um repertório (principalmente músicas de Bob Dylan) riquíssimo à disposição. No quesito composições próprias os Byrds foram mais contidos e, cá para nós, ninguém supera a dupla Lennon & McCartney.
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E foi usando essas armas que os Byrds emplacaram seu primeiro sucesso: uma recriação magnífica de Mr. Tambourine Man de Bob Dylan.
A formação original era:
Roger (Jim) McGuinn – Guitarra, vocais
Gene Clark – Vocais
David Crosby – Guitarra, vocais
Chris Hillman – Baixo
Michael Clarke – Bateria, harmônica
EXPERIMENTAÇÕES MUSICAIS
Uma das principais virtudes dos Byrds é que eles estavam sempre buscando ideias novas para agregar ao seu som.
No início foi cruzamento entre o folk de Dylan e o pop elétrico dos Beatles (que ajudou a cunhar o termo folk rock) nos álbuns “Mr. Tambourine Man” e “Turn! Turn! Turn!”, ambos de 1965.
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Depois vieram as experimentações com a psicodelia, nos álbuns “Fifth Dimension”(1966) e “Younger than Yesterday” (1967).
O álbum “The Notorious Byrd Brothers”, de 1968, é ainda mais eclético ao misturar o folk rock e o rock psicodélico a elementos de jazz e country.
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Após as saídas seguidas de Gene Clark, Michael Clarke e David Crosby, a banda, então reduzida a McGuinn e Hillman, deu uma guinada radical em direção ao country. O resultado dessa nova direção pode ser conferido no álbum “Sweetheart of the Rodeo”de 1968. Apesar das críticas favoráveis este álbum não atingiu o sucesso esperado.
REUNIÃO E FIM
McGuinn conseguiu levar a banda, incluindo a gravação de mais alguns álbuns, até 1972. Nesse ano os cinco membros originais se reuniram e gravaram um álbum chamado“Byrds” que foi lançado em 1973. Logo após o lançamento, um último show e o fim da banda.
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Eu confesso que até bem pouco tempo eu só conhecia duas músicas dos Byrds: Mr. Tambourine Man e Turn! Turn! Turn! e não tinha consciência da importância e da qualidade musical dessa banda, mas nunca é tarde para resgatar essas preciosidades de um período tão rico que é a década de 1960.

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