7 dicas para adaptar a criança à creche/Dicas Patricia Finotti Opinião

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Por Giuliano Agmont para www.bebe.abril.com.br

A licença-maternidade acabou e chegou o momento de colocar o bebê no berçário. Saiba como enfrentar essa separação de maneira tranquila, sem traumas para o pequeno


Deixar, pela primeira vez, um filho de colo aos cuidados de funcionárias de um berçário é uma experiência traumática para qualquer mãe. E, quanto menor a criança, maior a angústia. Mas a separação é uma etapa importante no desenvolvimento do bebê. Apesar do sofrimento, é possível encarar com naturalidade esse período tão complicado. Veja algumas dicas:

Fortalecer os vínculos afetivos desde o nascimento

A melhor maneira de garantir uma separação mais tranquila é fortalecer os vínculos com o bebê desde o nascimento, garantindo o que os médicos chamam de apego seguro. É o que dará à criança a sensação de que o afastamento não representa o abandono. Isso significa garantir um equilíbrio saudável entre o trabalho e a maternidade. Ou seja, a mãe precisa de um período para estreitar os laços com o filho sem se preocupar com sua estabilidade profissional. Nesse sentido, a licença-maternidade cumpre um papel decisivo, especialmente a de seis meses. Um sinal de que esses vínculos ainda estão indefinidos é o choro intenso e desesperado do bebê, a apatia, o desvio de olhar ou a recusa em se alimentar. Nesses casos, vale a pena reavaliar a situação.

Escolher bem para poder confiar

Sem confiança, a separação tende a se complicar. Por isso, a escolha do berçário é tão importante. Além dos pré-requisitos evidentes, como limpeza e higiene, é fundamental levar em conta outras questões. Observe se o lugar é organizado, se as cuidadoras pegam o bebê no colo na hora de oferecer a mamadeira, se conversam com os bebês em tom confortante. Pergunte também se há música para as crianças e, finalmente, certifique-se de que existe uma rotina para atender às necessidades físicas e emocionais do bebê. Isso significa tanto uma alimentação e segurança contra acidentes como a preparação dos adultos para lidar com os pequenos. Importante: até 1,5 ano, é preciso um cuidador para cada cinco a oito crianças.

Dica Patricia Finotti Opinião: Lembre-se que ao escolher a creche, bercário, ou escola é imprescindível que os pais sintam-se confortáveis e seguros nesta escolha. Procure um local que a criança também perceba estes mesmos sentimentos em relação ao local escolhido. Outro fator não é o preço que deve influenciar na escolha. Uma mensalidade muito barata, ou muito cara, o que realmente importa é que se o ambiente, os profissionais e a metodologia aplicada são a extensão do que se vive em casa, se os pais acreditam que podem confiar neste novo ambiente em que o seu filhote passará boa parte do tempo. A boa escolha deste local refletirá por toda a vida do seu filho.


Introduzir alimentos sólidos com antecedência

Dependendo da idade do bebê, é aconselhável que os pais não deixem para introduzir sucos naturais e papinhas somente quando ele entrar no berçário. O ideal é que isso aconteça com a antecedência de pelo menos 15 dias. Normalmente, os bebês deixam de mamar exclusivamente no peito da mãe aos 6 meses, idade adequada para deixá-lo no berçário e voltar ao trabalho. Não por acaso, existe hoje a lei de licença-maternidade de 180 dias, que prevê o incentivo fiscal às empresas privadas que concedem seis meses de afastamento às suas funcionárias.

Depois dos 9 meses, o bebê vai dar mais trabalho

A memória de uma criança, com menos de 9 meses de idade, ainda não retém informações por muito tempo, mesmo que seja a imagem da mãe. Essa condição diminui o sofrimento na hora da separação. Por isso, vale a pena planejar o ingresso no berçário para o período em que o pequeno tem entre 6 e 9 meses. Antes ou depois disso, a situação tende a ser mais difícil.

Administrar a emoção na hora de ir embora

O adulto sente mais a separação do que a criança. E esse é um desafio a ser superado. Os problemas normalmente acontecem quando o bebê percebe o estado de estresse da mãe e também se agita. O segredo é manter a tranquilidade, transmitindo segurança ao pequeno, e não se frustrar quando constatar que seu filho se adaptou facilmente ao berçário sem a sua presença. Deixe para chorar no banheiro ou no carro...

Dica Patricia Finotti Opinião: Tanto o berçário que escolhemos para acolher o Rubens, quanto em sua escola, os profissionais fizeram uma reunião conosco antes do inicio das atividades. Nos foi explicado de como deixá-los quando os levássemos para a instituição. Sempre demonstrando tranquilidade, carinho e amor. Conversar com a criança antes é imprescindível, como por exemplo, falar sobre o que ambos farão dentro daquele período de separação: "Mamãe irá trabalhar e você irá para a escolinha, a tal hora estarei de volta para buscá-lo. Você vai se divertir bastante, e eu também sentirei saudades."
Quando eles já estão andando, é interessante levá-los a porta da sala onde ficarão, assim, os incentiva a caminharem sem traumas para a suas próprias experiências. Quando da busca, pergunte como foi aquele momento, o que fez, se divertiu. Esteja sempre atento a tudo, ao que se filho faz e fala, e também as ações desenvolvidas dentro do ambiente escolhido para acolher seu filho.
Na escola do meu, acho muito importante toda a interação de todos os funcionários e diretores com todos que passam pelos corredores da escola. Do momento que passamos pelo portão até a sala de aula, somos cumprimentados não só pelos diretores, professores, psicológos, secretárias, mas, também pelos funcionários que cuidam da limpeza e segurança.
Em todas as atividades propostas percebemos que houve planejamento antes, durante e pós atividade, com análise deste. Isso é o verdadeiro cerne da educação.

Marcar presença na adaptação

Largar a criança no berçário e só voltar para buscá-la horas depois não é a melhor estratégia na fase de adaptação. É preciso que alguém conhecido – a mãe, o pai ou outro cuidador – esteja por perto nesse primeiro momento para oferecer o colo na hora do choro. Essa estratégia evita que a criança se sinta abandonada. Aos poucos, ela se acostuma com a nova situação.

Cuide dos detalhes da adaptação

Existem procedimentos simples que facilitam a adaptação de crianças de colo no berçário. Um deles é apaziguar o bebê, com um tom de voz calmo, se ele estranhar o lugar. Outro é deixar o pequeno sentado para que ele enxergue os demais à sua volta. Deitado, ele só verá o teto, demorando mais para se acostumar com tudo. Estímulos também são bem-vindos nesse momento. Uma boa dica é impor desafios que não ofereçam risco à integridade física e emocional do bebê. A escalada de almofadas, por exemplo, é segura e a criança é capaz de cumpri-la. Por fim, deixe que seu filhote explore o ambiente e interaja com o novo espaço.

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