Mães de primeira viagem

terça-feira, 5 de maio de 2015

por Comunicação sem Fronteiras

Elas vão comemorar seu primeiro dia das mães nos próximos dias e contam como a maternidade está influenciando sua vida

Segundo domingo de maio, dia das mães. Para quem já tem filhos a comemoração, apesar de especial, já se tornou trivial. Mas, algumas mulheres vão inaugurar a data neste ano. São as mães de primeira viagem, que vão contar, pela primeira vez, com o abraço do filho, o bebê no colo ou, para aquelas que ainda estão gestantes, um gostoso movimento no seu ventre terão de aprender a conciliar a correria do dia-a-dia do mercado de trabalho à dedicação ao primeiro bebê.

Uma delas é a assistente administrativo da URBS, Renata Cristina Silva, de 27 anos, que realizou o sonho de ser mãe há dois meses  e, neste ano, viverá seu primeiro dia das mães com um bebê no colo. “Este é o maior presente na vida de uma mulher. Eu me sinto realizada”, diz entusiasmada.

A nova mãe diz ainda que sua prioridade mudou. Antes, com outros objetivos, vivia em prol de seus próprios projetos, como os profissionais. “Agora, vivo em prol dela”, disse ao telefone. Nos primeiros dias, nem conseguiu dormir direito, temendo que algo acontecesse à recém nascida. Era a famosa cólica, que deixou aflita a mamãe de primeira viagem. “Dói na alma ver seu filho com dor”, lamenta.

Ela conta que a adaptação foi difícil, especialmente com a mudança nos horários. O sono é menor, já que a jornada inicia antes do sol aparecer e termina de madrugada. A fase de adaptação ainda não passou, mas, a assistente administrativo já está acostumada a amamentar de três em três horas, a trocar as fraudas e a fazer outras tarefas de mãe. “Foram noites mal dormidas, mas, todo o esforço vale a pena. É muito gratificante”, afirma.

O filho veio no momento certo, já que estava previsto para este ano. No entanto, Renata ainda terá de adaptar sua jornada de trabalho aos cuidados de mãe. Como é funcionária regida pela Consolidação das Leis de Trabalho (CLT), tem direito à licença maternidade, mas, chegará ao fim em dois meses. Ela conta que tem sofrido antecipadamente em pensar na separação, durante o horário de trabalho. “Trabalhar para mim é uma necessidade, um meio para proporcionar mais conforto à minha família, que agora tem uma nova integrante”, diz. Se sua condição financeira fosse melhor, Renata voltaria a trabalhar apenas depois que sua filha completar um ano de idade, mas, depois retornaria, pois, ressalta que se sente bem trabalhando.  

A assistente administrativo já está planejando o retorno à empresa. Seu esposo, com quem é casada há 4 anos, ficará com o bebê durante parte do dia e, sua mãe, tomará conta noutro período. “Mas a gente fica com o coração na mão”, revela. De noite e nos nos finais de semana, sua agenda já terá dona: será a pequena Gabriela Silva Pereira, de quem pretende ficar bem junto e matar a saudade. Ela deverá passar o Dia das Mães com toda a família reunida na casa da avó.

Sem pausa na vida profissional - A arquiteta Naira Sá vem aprendendo, nos últimos meses, a conciliar trabalho e maternidade. Ela também é mãe de primeira viagem, vai viver seu primeiro dia das mães. Mas, possui um pouco mais de experiência. Seu filho Pedro tem 11 meses de vida. “A sensação de ser mãe é maravilhosa. Nunca vivi nada tão bom. É um amor tão grande”, ressalta.

Naira não sabe o que é licença maternidade. Dona do próprio negócio, teve de conciliar o trabalho em seu escritório de arquitetura com a vida de mãe. Ela guardou repouso apenas no primeiro mês. No seguinte, a arquiteta voltava para amamentar o filho entre uma visita e outra aos clientes, rotina que durou até o fim da amamentação, seis meses.

A partir daí a arquiteta teve de se preocupar com a logística, ao se concentrar em regiões mais próximas de sua casa, no Setor Marista. Como há muitas lojas relacionadas ao segmento no bairro, facilitou sua dinâmica.

A babá teve grande importância para manter seus compromissos profissionais, apesar disso, sua rotina mudou significativamente. Naira gosta de malhar a noite. A solução é levar o bebê. “Tive que deixar de fazer algumas coisas e encaixar melhor os horários, mas, não abro mão de malhar”, afirma.

Na vida profissional, seus prazos ficaram mais apertados e o tempo de atendimento passou a ser mais objetivo. Sua meta é resolver rapidamente as tarefas. “Outras mães não conseguem”, compara. O trabalho, para ela, é uma realização e faz parte de sua vida, por isso, não pretende parar.

No fim das contas, Naira garante que vale a pena ser mãe. “Estou cansada, mas, a experiência de carinho e amor vale a pena. No olhar eu consigo saber o que ele está querendo. É aquela dependência e expectativa de que você vai resolver o que ele precisa”, conta.



Em gestação - A contadora da Euroamérica, Simone Bernadete de Almeida, terá seu primeiro filho aos 37 anos. Thiago Almeida Tomaz está previsto para vir ao mundo na semana do Dia das Mães. A contadora ainda está trabalhando, mas, neste mês compareceu com mais frequência ao obstetra. Simone quer parto normal e já programou um almoço com a família no segundo domingo de maio, para apresentar o bebê e comemorar seu primeiro Dia das Mães.

Ela recorda de sua experiência mais emocionante durante a gravidez. Foi ao terceiro mês, quando viu os membros já formados do seu bebê no ultrassom. A mãe de primeira viagem também recorda da emoção de ouvir seu coraçãozinho batendo na sétima semana. “Descrever as emoções não é fácil. É muito emocionante ver ele mexendo a mãozinhas. Sinal de que está se adaptando a este novo território”, conta.

Simone afirma que pretende retornar ao trabalho já no segundo mês, porém, através de um home office, para que consiga aliar a profissão às tarefas de mãe. Além de fazer a contabilidade da Euroamérica, ela possui outras atividades, por isso, retornará ao trabalho gradativamente até o recém nascido chegar aos 8 meses, quando buscará o auxílio de uma creche. “Até os quatro ou cinco meses pretendo sair apenas para reuniões rápidas. O bebê dependerá muito de mim por causa da amamentação”, planeja.

A nova mamãe continua com suas metas profissionais. “Acredito que agora, mais do que nunca, temos que correr atrás dos objetivos”, diz, se referindo ao sustento da criança. Ao mesmo tempo em que busca o crescimento profissional, Simone ressalta que acompanhará seu filho em todas as fases. “Preciso trabalhar para me sentir útil. consegui conciliar numa boa”, sublinha.

A contadora iniciou sua adaptação se mudando para mais próximo da empresa, a fim de facilitar o acesso ao trabalho. Ela diz que conseguiu conciliar emprego e gravidez com facilidade.

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