Por Paulo Fernandes para rockontro.com
A OUTRA BANDA DE LOS ANGELES
O Love, enquanto esteve ativo, nunca conseguiu um sucesso expressivo de público. Primeiro teve de disputar as atenções com os Byrds e depois perder a preferência de sua gravadora para os Doors, ambas, assim como o próprio Love, de Los Angeles.
Mas o grupo acabou garantindo uma aura cult que chegou até os dias de hoje, e parece aumentar a medida que o tempo passa. O Love é citado como influência por nomes importantes do rock: Led Zeppelin, Pink Floyd, Primal Scream, Stone Roses e até Doors.
PSICODELIA E HARMONIA
Quando escuto a música do Love, o que chama a atenção, além das belas harmonias e arranjos, é que parece ser um rock muito avançado para sua época. Sua combinação de folk rock com psicodelia, assim como fazia Donovan, é sempre surpreendente.
Outra coisa que, para o seu tempo, causava estranhamento nas plateias de rock majoritariamente brancas dos EUA, era o fato de ser uma banda com negros e brancos liderada pelo negro Arthur Lee.
A OBRA-PRIMA, A DESINTEGRAÇÃO E A CONTINUAÇÃO
Após dois excelentes álbuns: “Love”, de 1966, e “Da Capo”, de 1967, a banda lançou aquele que é considerado sua obra-prima: “Forever Changes”, também de 1967. O disco foi praticamente ignorado nos EUA e teve relativo sucesso na Inglaterra. Porém os sucessivos fracassos de vendagens, somados a problemas com drogas, haviam minado as forças da banda.
Capa de "Forever Changes"
Em 1968, no Love, só restava Arthur Lee. Com adição de novos músicos a banda continuou até 1974, quando oficialmente encerrou suas atividades. Uma nota interessante: Jimi Hendrix,que era amigo de Arthur Lee, participou da gravação da música The Everlasting First de 1970.
Arthur Lee na década de 2000
Na década de 2000 o co-fundador do Love Johnny Echols voltou a se apresentar com Arthur Lee. Esse Love reformulado continua fazendo turnês e sobreviveu à morte de Lee em 2006.
MÚSICAS
Adoro Rockontro e tudo o que eles escrevem.
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