Orquestra Sinfônica de Goiânia apresenta 4º concerto oficial da temporada

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Por Secult/Goiânia


Apresentação reúne obras de Rimski-Korsakov, Rachmaninoff e Beethoven

A Orquestra Sinfônica de Goiânia apresenta dia 20 de maio, às 20h30, no Teatro Sesi, o 4º Concerto Oficial de sua temporada 2014.
Sob regência do maestro Joaquim Jayme, a apresentação terá como solista convidado o pianista Eduardo Monteiro, considerado um dos expoentes do piano no Brasil.
Monteiro já conquistou premiações nacionais e internacionais, como a primeira colocação no III Concurso Internacional de Colônia (1989), assim como o terceiro lugar em Dublin (1991) e Santander (1992). Atuou como solista de consagradas orquestras, dentre elas: Filarmônicas de São Petersburgo, Moscou, Munique, Orquestra Nacional da Irlanda, Orquestra de Câmara de Viena, Filarmônica de Minas Gerais, Amazonas Filarmônica, OSESP, OSB, OSPA, OPES, OSBA.
A noite será aberta com a execução de A Noiva de Czar, composta em 1898 pelo russo Nikolai Rimsky-Korsakov, seguida do Concerto para piano No.2, Op. 18, do também russo Sergei Rachmaninoff. Para fechar o programa, a oitava sinfonia de Ludwig van Bethoven, composta m 1812, no terceiro período da carreira do compositor, quando sua surdez já estava em estado avançado.

As obras
A Noiva Do Czar: Abertura

Nikolai Rimsky-Korsakov fez parte de uma geração de compositores nacionalistas russos. Membro da aristocracia, além de compositor foi regente, professor e figura pública conhecida. Suas 15 óperas e sua música orquestral constituem a parte mais importante de sua obra. A ópera A Noiva do Czar foi composta em 1898 e estreada no ano seguinte. Ao contrário de outras óperas do compositor, centradas em contos de fada e no folclore russo, essa ópera trata de um drama um tanto sinistro. A história se desenrola na época do Czar Ivan IV, também chamado de ‘Ivan o Terrível’, por volta do ano de 1591, no subúrbio de Moscou. O enredo ficcional se baseia na história da personagem histórica Marfa, terceira das sete esposas do czar, morta apenas algumas semanas depois de seu casamento. Na música que compôs para o drama, Rimsky-Korsakov demonstra o habilidoso orquestrador que era. Além disso, vívidas melodias evocam o folclore russo e uma rica linguagem harmônica cromática se faz presente.

Concerto para piano No. 2, Op. 18

O também russo Sergei Rachmaninoff ganhou fama tanto como compositor quanto como pianista. Seus pais, também membros da aristocracia, desde muito cedo incentivaram seus estudos musicais. Depois do fracasso da estréia de sua Primeira Sinfonia, que sofreu severas críticas na época, o compositor passou três anos em depressão, sem conseguir compor. Depois de um longo período de recuperação de sua auto-estima e criatividade, em 1901, Rachmaninoff compõe o concerto que viria a se tornar uma de suas obras mais conhecida: o Concerto para piano No. 2. Os renovados ânimos do compositor refletem a inegável riqueza melódica do concerto. A relação piano e orquestra é bastante imaginativa em suas texturas e cores, seja ela delicada como no segundo movimento, seja ela intensa e crescente como no terceiro movimento. Curiosamente aqui, o piano exerce o papel de acompanhamento em boa parte do primeiro e segundo movimentos, enriquecendo a presença orquestral, ao invés de tomar os holofotes para si.

Sinfonia No. 8

Ludwig van Beethoven começou a compor a Sinfonia No. 8 no verão de 1812, e levou apenas quatro meses para terminá-la. Beethoven compôs essa sinfonia no terceiro período de sua carreira, quando sua surdez já estava em estado avançado. A obra dá continuidade à tendência do compositor de voltar às formas e ao estilo clássico nas sinfonias de número par. É uma obra permeada de humor e leveza, ao contrário das sinfonias 7 e 9, entre as quais está situada. Beethoven toma para si muito do estilo de seu antigo mentor, Haydn, sem deixar de lado totalmente sua própria personalidade explosiva, é claro. Um dos exemplos desse retorno ao clássico é o terceiro movimento, uma evocação do antigo minueto. O primeiro movimento também mostra esse retorno, como um exemplo cristalino de forma sonata. Ao fim, no quarto movimento, Beethoven revela todo seu humor, jogando com as dinâmicas, com a instrumentação e com a harmonia, preparando algumas surpresas para o ouvinte.  Contrastes bem marcados entre leveza e explosão dinâmica, incursões em regiões harmônicas inesperadas, além das pausas que, aqui, brincam com a expectativa do ouvinte.

Comentários: Bianca Laboissière


Serviço:
4º Concerto Oficial da Temporada 2014
Orquestra Sinfônica de Goiânia
Data: 20 de maio de 2014
Horário: 20h30
Entrada franca

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