Dica: Revista Reserva é para vender roupa, mas dá cada alfinetada

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Recentemente ganhei a quarta edição da Revista da Reserva, uma divulgação que leva o nome da marca Reserva. O mais interessante dessa publicação, que mesmo tendo como objetivo principal divulgar suas coleções, seja para homens/mulheres/crianças, é o conteúdo publicado, altíssima qualidade do editorial, as entrevistas e matérias, que nesta edição tem como tema a Língua Brasileira. 

Cada página leva a pensar o quanto deveríamos mais ter orgulho de sermos Brasileiros. A cada leitura uma reflexão, sobre a nossa conjuntura, e o que realmente tenho, ou melhor temos, feito para ter orgulho de ser Brasileiro.

Tudo começa no Editorial de Rony Meisler - o Cara da Reserva - We are Foda: "...estávamos observando um movimento de formação de opinião vindo da base da pirâmide do país com força o suficiente para mudar a porra toda comportalmentalmente." Ele referindo a música Polo do Pica-Pau de MC Guimê que anos antes o incomodou sobre a possibilidade de que virar um hino a venda de produtos piratas, e agora sua visão diferente sobre a cultura popular. Outra passagem: "País com vergonha e preconceito do que é genuinamente brasileiro." sobre a vergonha de marcas em vestirem brasileiros com menor poder aquisitivo e pessoas que preferem cultuar o pop americano. ... e continua "Status no Brasil é não ser Brasileiro, Status no Brasil é ser pseudo-intelectual  nas mídias sociais e um parasita social no mundo real." Meisler finaliza seu texto: "O Brasil é muito mais legal, divertido e verdadeiro quando é popular! Assim, como tudo e todos, somos muito mais legais quando somos nós mesmos."

Páginas adiante, a entrevista com o Rei do Camarote, o célebre Amaury Jr, que conta sobre suas experiências profissionais, as festas na atualidade, projetos e quando perguntado sobre o jornalismo de celebridade: "A palavra celebridade está muito vulgarizada. Celebridade tem uma história para contar... e acrescenta "...A indústria de celebridades é um mercado que cresce cada vez mais não só no Brasil, Mas acho que está sendo vulgarizada no país com notícias que não interessam a ninguém."

Já com o narrador Silvio Luiz, em Oito ou Oitenta, sobre seu trabalho e o mundo do jornalismo esportivo: "O Jornalismo Esportivo está infestado de penetras, por isso sou a favor do diploma e curso de 4 anos em faculdades. As duas coisas". Aliás, eu acho que deveria ser assim em todo e qualquer forma de jornalismo, afinal, hoje qualquer um se intitula como tal, e sai fazendo trabalho sem compromisso algum com o leitor/telespectador.

O trabalho social, do Judoca/Apresentador e Comentarista de televisão, Flávio Canto, com o Instituto Reação, que hoje oferece aulas de judô para mais de mil crianças e jovens, de comunidades pobres, em quatro polos no Rio de Janeiro, é matéria interessante da edição. Destaco sua fala sobre trabalho social: "O mais difícil em um trabalho voluntário, de responsabilidade social, é começar. Depois você entra numa inércia que não tem volta. Só não pode esperar nada em troca. Tem que ser de coração, com pureza. Se faz pensando em outra coisa, está no lugar errado e perde o foco." 

Ainda tem sobre Natan Gorin, 13 anos, que criou dois aplicativos, que ajudam outros jovens em relação aos estudos. Uma exemplificação reflexiva sobre dois empreendedores, Aquim e Jobs, que decidiram montar suas próprias e originais histórias. No A Dama do Lotação, uma entrevista com a atriz Nathália Rodrigues, que anda de transporte público e não aceita photoshopear seu corpo. Já sobre o elegantíssimo humorista Mussum, que há vinte anos foi tomar um mé no céu, e agora voltou em forma de camisetas Reserva. E muito mais. Ah!!! Sem esquecer do casal de Cláudios, que acreditam que trabalho e lazer podem caminhar juntos, e assim, dão a volta ao mundo sem preder nenhum negocio. Como? tem que conferir lá na Reserva

Essa publicação da Marca,  é como eles mesmos disseram: "Uma edição estrelada por gente fina elegante e sincera, mostrando que o Brasil é melhor quando é popular." 

Para mim, uma forma pensar e agir, com autenticidade e integridade, de acordo com o próprios valores e convicções. Sabe? O que deveríamos ser mais. 

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