Dica: Princesa Diana e Linda Lovelace, mulheres que acreditaram em poder transformar o mundo!

Para o dia das Mulheres a minha dica são dois filmes de duas feministas que a partir de suas histórias de opressão, intimidação e violência, acreditaram que poderiam transformar as vidas de outras pessoas, a partir de suas experiências.

poster divulgação do filme Diana

O primeiro é Diana, que conta sobre os últimos dois anos da vida da Princesa de Gales, logo após seu divorcio com o príncipe Charles. Sendo mais especificamente, baseado no suposto romance secreto com o cirurgião paquistanês Hasnat Khan, e também o seu relacionamento com o Dodi Al-Fayed.

Diana foi admirada por seu trabalho de caridade, em especial por seu envolvimento no combate à AIDS e na campanha internacional contra as minas terrestres. E mesmo que o filme apresente uma mulher divorciada, isolada da família real britânica e que precisa lidar com a multidão de fotógrafos que a seguem em cada momento de sua vida, é instigante vê-la deixar seus problemas emocionais a parte, e se entregar as duas causas. 

Na luta contra as minas terrestres, viajou para África, em janeiro de 1997, trabalhando como uma voluntária do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, e promovendo suas ideias do quanto as minas terrestres causavam de prejuízos à humanidade. Diana também visitou sobreviventes das explosões de minas terrestres em hospitais, excursionou projetos organizados pela HALO Trust e compareceu em aulas de conhecimento sobre minas terrestres que ameaçavam casas e vilarejos. Em agosto, deste ano, a Princesa visitou a Bósnia com o Landmine Survivors Network. Diana tinha interesse em evitar os prejuízos que as minas causavam às pessoas, especialmente às crianças. Como resultado de seu empenho, foi assinado, por apelo da Organização das Nações Unidas, o Tratado de Ottawa, que proíbe o uso, a produção, a estocagem e a transferência de minas terrestres.

Ainda, vale lembrar que por seus trabalhos filantrópicos, recebeu diversos prêmios, entre eles o Nobel da Paz, por sua participação na "Campanha Internacional para a Eliminação de Minas".

poster divulgação do filme Lovelace

Já a segunda dica de filme é biográfico, Lovelace, que conta a vida de Linda Boreman, de seus  20 aos 32 anos de idade. Linda ficou mais conhecida como Linda Lovelace, uma atriz que se tornou estrela internacional do cinema pornográfico na década de 1970, pelo filme Deep Throat. 

Com uma narrativa não linear, mostra a ascensão de Linda, de uma criação difícil com mãe repressora e pai distante, até o sucesso alcançado no meio pornográfico através do marido Chuck Traynor. 

A imagem de uma mulher sexualmente liberada e satisfeita com a repercussão de seu trabalho, é desmascarada na segunda parte do filme que mostra o quanto foi intimidada, abusada, roubada e sofreu de violência domestica, tanto pelo marido, quanto outras pessoas as quais convivia.

Anos mais tarde, após se separar de seu primeiro marido, Linda passou a ativista contra a indústria pornográfica, afirmando que  Chuck Traynor, a tinha coagido sob ameaça de morte para atuar nos filmes em que participou. 

Na década de 1980, lançou sua autobiografia, Ordeal, em que revelava ter sido vítima de estupro, violência, violações, prostituição e pornografia. A obra e um depoimento a comissões do Congresso Americano, ajudaram a investigar irregularidades na indústria pornográfica. No livro, ela alega que nunca recebeu um tostão por Deep Throat e o seu ex-marido teria sido pago com apenas 1250 dólares, embora o filme tivesse rendido aos seus produtores 600 milhões de dólares.