Workshop para o projeto colaborativo do Parque do Cerrado acontece dias 11 e 12 de março

terça-feira, 3 de março de 2015

por Comunicação sem Fronteiras


Goiânia é a cidade dos parques. São 33 implantados pela capital segundo dados da Associação Municipal de Meio Ambiente (AMMA). Mas, apesar de ser tão valorizado pela população, o goianiense sempre recebeu o espaço concebido, nunca participou da formatação de um projeto.

Esta será a experiência que ele está sendo convidado a vivenciar nos próximos dias, no workshop do Projeto do Parque do Cerrado. O evento, já marcado para os dias 11 e 12 de março, no Centro Cultural Oscar Niemeyer, reunirá pessoas de todas as idades, profissionais ou leigas, para auxiliar a equipe de arquitetura na concepção do parque, que fica no bairro Lozandes e é o maior da capital. A iniciativa está sendo desenvolvida em parceria com a prefeitura de Goiânia.

Reconhecido por seus projetos em áreas públicas concebidos com a participação da sociedade, o arquiteto Guilherme Takeda irá desenvolver este mesmo método em Goiânia, na elaboração do Parque do Cerrado. Em Goiânia recentemente, ele participou de um encontro no Paço, aberto à comunidade, para explicar como esta interação colaborativa na prática.  Na oportunidade, foi recebido pelo vice-prefeito de Goiânia, Agenor Mariano, e pelo presidente da Agência Municipal de Meio Ambiente, Pedro Wilson.

“É importante que as pessoas tomem consciência da importância de se preocupar  e de se envolver com a construção de um espaço público”, definiu o propósito da colaboração. Denominado charrette, este método colaborativo vem sendo desenvolvido com mais intensidade nos Estados Unidos para projetar grandes espaços públicos. No Brasil, Takeda tem sido um de seus principais aplicadores.

“Não faz sentido um japonês do Rio Grande do Sul vir aqui dizer o que os goianos querem ver no parque, são vocês que precisam nos dizer”, disse, referindo-se a si mesmo, em tom de descontração, para explicar a proposta de trabalho.  “Seremos apenas instrumentos de vocês”, completou ele, que assina  projetos similares desenvolvidos em Seropédica, considerada hoje uma cidade sustentável no Rio de Janeiro, na revitalização da cidade gaúcha Gravataí, na revistalização do bairro paulista Tauapé, entre outros.

O encontro no Paço foi uma etapa da metodologia de desenvolvimento do parque, para preparar a população para o dia o workshop. Nesta oportunidade, dinâmicas serão realizadas  para todos refletirem sobre o parque  almejado e todos serão convidados a traduzir seu pensamento em desenhos.“Ele não precisa ser um técnico, o que queremos é captar a expressão e o desenho por meio de seus traços”, disse.

Uma comissão organizadora foi montada para atrair mais pessoas para a participação. O workshop, cujo local ainda está sendo definido,  será trasmitido ao vivo pelo Youtube. Quem quiser participar virtualmente, poderá enviar as suas ideias na fan page do projeto que já está no ar no Facebook com o nome Workshop de Projeto do Parque do Cerrado.

Obras do Parque do Cerrado

Após o workshop, o projeto já tem data para ser entregue à prefeitura: 26 de março de 2015. Takeda esclareceu ainda que outro propósito desta metodologia é dar agilidade  ao processo de implantação. “Os projetos são entregues orçados,o que facilita a prefeitura buscar recursos tanto na iniciativa privada quanto nos programas de governo”, diz.

Por enquanto, a iniciativa conta com a adesão da Euroamérica Incorporações, que contribuir com parte da implantação do Parque do Cerrado, e a ideia é que mais adiram ao processo para contribuir com a concretização do projeto, como aconteceu nas demais cidades onde o método charrette foi aplicado.

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